Oi Povo, tudo bem?


Como vocês já sabem nosso amado John Green estava no Brasil junto com o fofo do Nat Wolff para divulgar o filme "Cidades de Papel", esse post é para contar um pouquinho do que aconteceu na cabine e na coletiva de imprensa, eventos que o Viciados Pela Leitura acompanhou durante essa semana tão empolgante. Antes de começar a contar os detalhes tenho que agradecer de todo coração pela oportunidade que a Editora Intrínseca deu aos blogueiros! 

Primeiro preciso contar que surtei quando recebi o e-mail da editora convidando os parceiros para os dois eventos, mas o convite não significava certeza da ida. Respondi o e-mail e fiquei 2 dias sem parar de conferir se tinha alguma resposta! Quando chegou a confirmação da lista quase tive um treco de tanta alegria! Rsrs

A Cabine de imprensa aconteceu no dia 30/06 no Botafogo Praia Shopping, infelizmente ainda não posso contar a minha opinião sobre o filme, mas em breve teremos um lindo post. Mas posso postar a foto dos blogueiros e do super kit que ganhamos!  :D
Para quem quiser conhecer um pouquinho sobre o livro que deu origem ao filme clique aqui para ler a resenha.


No dia 01/07 foi o grande dia, a entrevista de imprensa no Copacabana Place, muito chique né?! Ao sair da coletiva de imprensa só pensava: "Caramba, como meu amor pelos livros me levou tão longe! Quem diria que uma analista de sistemas estaria no meio de tantos jornalistas conceituados!". Ser blogueiro dá um trabalho, mas em dias como o da coletiva me fazem ver que todo esse trabalho vale muito, porque participar da coletiva de imprensa com John Green não era apenas o meu sonho, mas de muitos outros.
Ouvir John falar me deu esperanças que o mundo ainda pode ser um lugar melhor, pode até parecer exagero falar assim, mas quando você escuta um autor tão consagrado falar que "Ninguém é melhor que ninguém". É para dá muita esperança!! Rsrs Pensei muito em como passar tudo o que vi e senti durante a coletiva, e pensei que vou montar uma "resenha" da coletiva, assim acho que vai ficar bom. Não queria tornar esse post algo já lido ou visto em outro canto. Portanto não esperem as perguntas e resposta exatamente iguais! Rsrs

1. John, você não teve medo de ver seu texto adaptado por outra pessoa?
John: Não fiquei com medo por que estava me sentindo completamente a vontade no set de filmagem. Sem falar que esse filme é mais tranquilo por que é mais feliz. Engordei uns 7 quilos por que estava sempre na mesa do lanche. 

2. Nat, você se sente pressionado por fazer o papel principal neste filme?
Nat: É como se eu ganhasse na loteria. Sem falar que pude participar desde o começo do processo de produção do filme.

Comentário: Nat foi escolhido como ator principal do filme logo no começo da pré-produção.

3. O filme é mais positivo do que o livro. Como você encarou essa diferença?
John: A coisa mais importante foi preservar a história central. Imaginar uma pessoa como humana é o central. Gostei da ideia de como ficou, pois a Margo não era um milagre e sim uma menina. Que bom que vimos o valor da amizade, deveria ter feito isso a 8 anos atrás quando escrevi o livro.  

4. Livros "irreais" eram o mais populares no mercado e você veio e quebrou isso, com uma paixão platônica e com adolescentes com câncer. Você chegou a imaginar que isso daria certo?
John: Não imaginei que daria certo! Muito menos que daria certo aqui. Sem meu editor e tradutor não daria certo. Histórias com realismos existem a décadas. Nunca me vi sendo diferente dos outros autores. Queria vir ao Brasil para agradecer pelo sucesso dos livros e do filme! Obrigado! Obrigado!

Comentário: John citou diversos autores, mas infelizmente não consegui anotar tudo o que ele falou. Nesse momento fiquei muito emocionada, ele agradeceu com tanto amor o sucesso que ele fez aqui.

5. Sua geração é ligada a internet. Diversas vezes nos deparamos com comentários agressivos. Como sua geração convive com essa dualidade?  Como a vida de qualquer ser humano afeta a outra?
Nat: Acho que nos Estados Unidos é igual aqui, a internet conecta a todos. Ela levanta questões sociais, mas ao mesmo tempo pode ser usada para o mal. As pessoas estão começando a descobrir como usar.
John: O problema das redes é que as pessoas tomam partido de um lado e ficam discutindo e ninguém ouve o outro lado. Toda vida humana tem o mesmo valor. Ninguém é mais importante que o outro. Tento levar isso para minha vida pessoal com minha família e amigos.

Comentário: Povo, essa pergunta foi enorme e super complexa. Esse é apenas o resumo dela ou melhor do que entendi ela. A resposta dos dois foi super válida. Como tenho uma idade parecida com o Nat, realmente entendo essa sensação que ainda não sabemos como usar a internet. Já a resposta do John foi perfeita, né? Foi ela que me deu mais esperança de que nem tudo esta perdido.


6. Nat, você já teve uma paixão platônica?
Nat: Me senti como Quentin em vários momentos quando era mais novo. Fazer o filme me permitiu voltar no tempo em relação a isso e em relação a ter melhores amigos de infância novamente. 


7. John, de onde surgiu a ideia de cidades de papel?
John: Quando fiz uma viagem com minha namorada da época de faculdade. No mapa tinha uma cidade que na verdade não existia. Depois disso pesquisei na internet e fique fascinado. A maneira que imaginamos o mundo, molda ele.

Comentário: O carinha que estava intermediando a coletiva fez um comentário muito legal. Quando procuramos no google por cidades de papel agora só aparece referências ao seu livro. John, disse que todos agora procuram a cidade fictícia do livro e que agora ela ganhou vida. Que tudo isso era parte de um mundo estranho. 


8. John, escrever para adolescente é difícil?
John: Gostei da ideia de trabalhar com a linguagem adolescente, ela está no meio entre a linguagem da criança e da linguagem do adulto. Existem várias coisas que acontecem pela primeira vez quando se é adolescente. Não acho que seja um desafio e sim um prazer porque existe a passagem entre a inocência e a experiência, e como adulto sabemos que existe essa tensão. Estava no avião ouvindo música e dançando, aí percebi que era um cara de meia idade. Nossa devo estar parecendo ridículo, mas para mim era normal.
Nat: John adora gente e isso transparece nos personagens dele. A única pressão que senti foi fazer jus ao personagem do livro.

Comentário: Adorei a resposta resposta do Nat, pois os personagens do John são sempre muito humanos e é isso que curto. 


9. Existe uma vazio para filmes adolescentes?
Nat: Existia filmes de zumbis e vampiros, os filmes baseados nas histórias de John são diferentes, eles trataram da vida de verdade dos adolescente.

10. Ser politicamente correto limitar a criatividade? (Essa pergunta surgiu porque a pouco tempo John pediu "desculpas" por um personagem ter chamado o outro de idiota)
John: Não exatamente pedi desculpas. O livro fala das imperfeições de todos nós, todo mundo é complexo. É sempre difícil imaginar que a outra pessoa é importante, todo mundo foca apenas em si. A responsabilidade do autor é atender ao romance da história, o personagem disse aquilo e não eu. Hoje teria feito diferente, pois tenho que transmitir a esperança. Num dos livros o personagem diz que o importante é ter uma vida fantástica, mas a verdade é que viver bem e feliz é o grande objetivo.


11. Esse filme foca muito na importância da amizade. Como foi conviver com os outros atores?
Nat: Todo mundo diz que quando fazemos um filme viramos uma família, mas isso 90% das vezes é mentira, mas nesse filme foi verdade. Nós ficamos muito próximos, os meninos ficaram hospedados no mesmo apartamento e com isso no chamávamos pelo nome dos personagens e isso ajudou muito.
John: Todo mundo ficou muito próximo. Nat é simplesmente fantástico como ator e ficou super amigo do diretor e isso ajudou muito. Foi muito especial ver tantos jovens talentosos fazendo os meus personagens.


12. A maioria das gravações foram em locação ou estúdio?
John: Foi quase tudo em locação e quase nada em estúdio. Aquele local abandonado ficou tão parecido com o livro que fiquei assustado. Fiquei surpreendido com desempenho dos atores, o elenco deu vida a minha imaginação. Invadi lugares assim quando era adolescente! Ué não tinha problema, pois era abandonado! Rsrs Mas comecei a chorar quando entrei é vi a frase "Você vai para as cidades de papel, e nunca mais vai voltar".

Comentário: Fico imaginando como é para um autor ver sua imaginação virando realidade, deve ser simplesmente um sonho.


13. Os adolescentes não eram respeitados nos livros, mas os livros de John mudaram isso. Só que os adolescente de hoje estão virando adultos e ele também está envelhecendo. Você pensa em escrever para adolescentes?
John: Tenho noção de que estou ficando velho, principalmente quando penso há quanto tempo "Quem é você, Alasca" foi lançado. Quando se é adolescente pensa que as coisas interessantes da vida acontecem até a faculdade, e depois é esperar a morte chegar. O adolescente não pensa na vida. Gosto de escrever para adolescentes acho muito difícil escrever para adulto. Depois que tive um filho penso mais nos personagens que são os pais nos meus livros.  Penso: "Esse adolescente não tá pensando nos pais!". Sem falar que para gostar de livros jovens adultos não precisa ser adolescente.

Comentário: Super concordo com a última frase, até hoje curto livro "infanto juvenis".

14. Existe amizade entre pessoas diferentes?
John: O Quentin amplia as suas amizades. A Lacey era mais diferente dele do que a Margo. Lacey passa a ser uma pessoa e não um objeto que levava ele a Margo. Quentin não era amigo de Margo, mas ele não reparava nisso porque ele a projetava o tempo todo.
Acho que pessoas com vida diferente podem viver bem. Todo ponto de vista deve ser respeitado. 
Nat: Discordo de John, acho que Margo e Quentin eram amigos, mas ele queria beija-lá! No final do filme/livro eles se conheceram melhor e dos caminharam para o meio termo para que isso acontecer.
John: Quentin não percebeu seus bons amigos. Como o amor não romântico pode ser importante. Durante o livro ele começa a descobrir que os amigos são importantes. As pessoas projetam sempre o amor romântico como mais importante.

Comentário: Nessa parte concordo com John  (pelo menos no livro), Quentin imagina uma Margo que ele não conhece.

15. O que é cidades de papel com pessoas de papel?
John: Quando era adolescente achava que Orlando era uma cidade de mentira. Orlando é um lugar estranho por todos aqueles parques. No verão eu ia a Disney 15 vezes em apenas um verão. Odeio a Disney! Então eu achava Orlando um lugar falso, pois tinha ruas bonitas com casas bonitas e jardins bem cuidados. Atualmente gosto de Orlando, mas não da Disney.
Nat: O que gostei durante os testes e no livro é a cena que Margo esta no alto da torre, o sol esta batendo no rosto nela e ela olhando a cidade. Aí entendemos o significado de cidades de papel e pessoas de papel. E no final entendemos que as amizades não são de papel e as pessoas podem ser diferentes.

Antes de finalizar a entrevista John contou que ele sua esposa se apaixonaram acidentalmente num clube do livro que só haviam eles dois! Que eles adoravam ler os livros juntos e depois perceberam que rolava algo a mais.

35 Comentários

  1. Gostei do post Iris. Acredito que participar de uma coletiva de imprensa deste nível deva ter sido um momento inesquecível e fico feliz por você querida. As perguntas foram ótimas e me deixaram ainda mais curiosa quanto ao livro e, é claro, ao filme. Beijo!

    www.newsnessa.com

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    1. Oi Nessa,
      Foi um momento inesquecível mesmo :D

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  2. Parabéns pala postagem, ficou ótima. Que evento legal e que bom que você foi uma das selecionadas para participar. Eu sabia que ele estava no Brasil mas nem tinha ideia de que era por causa do filme hehe. Ainda não li o livro e não sei se lerei tão já.

    Blog Prefácio

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    1. Oi Sil,
      Obrigada pelo elogio! Leia o livro e veja o filme, eles são bastante diferentes! :D

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  3. Oieee
    Que lindoo *o* Que sorte, que tudo
    Amo o Jonh Green e a entrevista está incrivel.
    Como assim ele odeia a Disney? kkk Que legal
    screepeer.blogspot.com

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    1. Oi Agatha,
      Odeia mesmo! hahahha Deve ser um saco ir no mesmo lugar 15 vezes no ano! hahaha

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  4. Oi. a postagem ficou ótima!
    O John é realmente incrível, né?! Iria adorar estar nesse evento e vê-lo de pertinho *o*
    Adoreiii a entrevista.
    Beijos

    www.construindoestante.com || Curta a fanpage

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  5. Oi!
    QUE INVEJAAA, nossa, que experiencia incrivel e que oportunidade legal!, o John pelo jeito é muito simpatico e ter participado da coletiva deve ter sido o máximo.
    Abraço!
    Leitura Fora De Série

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  6. Oi, Iris. Que post bacana!

    Eu não gosto nem do John e nem dos livros dele. Li ACEDE, não curti, e desisti dele, pois o acho bem estranho, mas posso imaginar o quanto deve ter sido legal acompanhar a passagem dele por aqui!
    E que legal também a iniciativa da Intrínseca em convidar alguns blogueiros!

    Beijo
    - Tamires
    Blog Meu Epílogo | Instagram | Facebook

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    1. Vixi é raro achar alguém que não curtiu ACEDE! rs

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  7. Aiii, to morrendo de inveja de você!!
    Amo John Green e queria muito ter uma oportunidade assim...
    Gostei muito da entrevista.

    Beijos,
    Juh
    http://umminutoumlivro.blogspot.com.br

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    1. Obrigada pelo elogio! Foi uma oportunidade incrível!

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  8. Fala sérioooo, que momento hein!!!
    Eu assisti àquela simplória entrevista que o fantástico fez com o autor e pensei comigo: Porque não foi um bloco inteiro??? Ele tinha muito mais a falar.
    Sortuda demais você!!!

    Beijo, Vanessa Meiser
    http://balaiodelivros.blogspot.com.br/

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    1. Oi Vanessa,
      Ahhh eu também queria mais tempo no fantástico e na coletiva! Rsrsrs

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  9. Fala sérioooo, que momento hein!!!
    Eu assisti àquela simplória entrevista que o fantástico fez com o autor e pensei comigo: Porque não foi um bloco inteiro??? Ele tinha muito mais a falar.
    Sortuda demais você!!!

    Beijo, Vanessa Meiser
    http://balaiodelivros.blogspot.com.br/

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  10. Nossa! Que sonho! Deve ser uma experiência única poder ver uma coletiva.
    SUA ESTANTE
    Gatita&Cia.

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    1. Oi Tati,
      Vou uma experiência completamente diferente! rs

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  11. Muitooo maravilhoso! kkkk Adorei e que sortuda. Acredita que nunca li nada do autor? Estou devendo isso para eu mesma. Acredito que deve ter sido uma experiência única. Não se empolgue muito com esses abutres de jornalista porque tem alguns que não vão com a cara de blogueiros, acham que estão roubando o espaço. Lembro que na faculdade (Fiz jornalismo ¬¬) Comentei com uma professora que eu era blogueira. Ela disse...ah... você faz parte daquele grupinho que fica disputando espaço com os jornalistas nos eventos? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu quase passei mal. Mas acredite, eles pensam que nós por sermos blogueiros não somos merecedores. Só esquecem que os meios midiáticos mudaram e muito.
    Enfim, parabéns pela maravilhosa cobertura. Que venham muitas outras.
    Beijos,
    Monólogo de Julieta

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    1. Oi Paloma,
      Como fiz "Análise de sistemas" na faculdade nem imaginei que seria desse jeito! hahahaha

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  12. Que de mais *--* Aquele momento que você fica com uma inveja branca haha;

    Beijos
    http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/

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  13. "Engordei uns 7 quilos por que estava sempre na mesa do lanche. " HAHAHAHAH Melhor pessoa <3
    Adorei vê-los! :) as entrevistas que ele deu foram sempre bem humoradas... muito bom assisti-lo.
    beijão
    whoosthatgirrl.blogspot.com

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  14. Que luxo Iris, participar dessa comitiva de imprensa, boas perguntas, o autor parece bem simpático, dele li dois livros, mas quero ver os filmes que ainda não tive oportunidade!

    Daily of Books

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    1. Oi fernanda,
      Ahh os filmes são fofos veja também! rs

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  15. Que luxo Iris, participar dessa comitiva de imprensa, boas perguntas, o autor parece bem simpático, dele li dois livros, mas quero ver os filmes que ainda não tive oportunidade!

    Daily of Books

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  16. Oi Iris!

    Da vontade de guardar um John num potinho! Tô feliz por você por ter recebido o convite.
    Beijos!

    Cintia

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  17. Oi Iris!
    Adorei o post. Nunca li nada do autor, mas ele parece ser uma grande pessoa, adorei conferir um pouco da entrevista. :)
    beijos ♥
    nuclear--story.blogspot.com | Participe do sorteio

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    1. Oi Dani,
      Ele é uma pessoa maravilhosa! Leia algum livro dele, vc não vai se arrepender!

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  18. Oi Iris!
    Que sonho poder participar de um evento como esse!
    Adorei a entrevista e quero ler e assistir Cidade de Papel.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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    Respostas
    1. Oi Sora,
      Cidades de Papel é um filme maravilhoso! Vale a pena assistir!

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  19. Oi Iris,
    Nossa que legal participar de um evento tão incrivel como esse :O
    Imagino como você deve ter se sentido!
    Gosto muito dos livros do John, estou ansiosa por Cidades de Papel nos cinemas!
    Bjs
    http://diarioelivros.blogspot.com.br/

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