Título: A Passagem
Autor: Justin Cronin
Ano: 2010
Número de Páginas: 816
Editora: Sextante

Sinopse: Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar. Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos traços de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue. Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo. A cada noite, a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior. Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilômetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado. A passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.



O que achei: O que fazer quando um livro de 816 páginas te prende até o final e você descobre que tudo que leu ainda é a primeira parte de uma trilogia? Não sabe? Bom, nem eu. Na verdade, quando terminei de ler o ótimo e aclamado "A Passagem" já tinha descoberto que não era o último e que muita coisa ainda viria pela frente, novas histórias, novas aventuras. E confesso que o final, principalmente a última frase do livro, me deixou chocada e querendo mais. Muito mais.
O ruim disso tudo é saber que o próximo livro da série será lançado somente em 2012 e que até lá terei que remoer todas as minhas dúvidas sobre o que afinal aconteceu com Amy, Peter, Sara, Alicia e todo o grupo. Pessoas que com o passar do livro se tornaram de sobreviventes a heróis e muita coisa ainda há por vir.

A capa do livro é belíssima, a floresta ao fundo me chamou a atenção logo que tive o livro em mãos, enviado a mim graças a parceria com a Editora Sextante. Demorei um certo tempo para terminar de lê-lo, pois como ele era gigante - e acho que um dos maiores que já li na vida - eu estava atolada até o pescoço com outros livros menores pra ler, então demorou um pouco até que eu entrasse de cabeça na história de emoção e suspense a todo segundo que existe em "A Passagem". Esqueça a fama dos vampiros comuns. Aqui, os vampiros são mais parecidos com os monstros de Resident Evil do que com outra coisa. E eles não estão para brincadeira. A cada 10 pessoas, 9 são mortos e o sobrevivente é infectado.
O livro começa contando a vida de vários personagens - são tantos que não é tão difícil de se perder - e em cada parte conhecemos alguém que terá grande importância na vida de outras pessoas, mesmo que no início nada pareça estar ligado. Entre vários personagens, conhecemos a mãe de Amy e passamos por todo seu sofrimento, a irmã Lancey que cuidará de Amy no futuro e o policial Wolgast, que terá um papel fundamental na primeira parte da história. Sim, ao meu ver o livro se divide principalmente em duas partes: antes e após o vírus destruir quase o mundo inteiro.
Na primeira parte descobrimos que Wolgast precisa convencer 12 prisioneiros que estão na fila de espera para a morte a serem cobaias em um projeto esperimental do governo chamado Projeto Noé. Esse projeto consiste em realizar uma experiência com os condenados, onde um tipo novo de vírus é criado para curar qualquer doença e transformar os antigos condenados em soldados indestrutíveis. Algo como um novo tipo de exército militar invencível. No início, tudo estava dando certo e por causa das mutações, os hospedeiros do vírus adquiriram grande força física e cura imediata de ferimentos. Porém, eles também passaram a ter uma sede incontrolável por sangue - se alimentando somente de sangue dos coelhos que lhes eram oferecidos -, uma grande sensibilidade à claridade e um instinto assassino incontrolável.
E quando Wolgast recebe a missão de buscar mais uma pessoa, uma menininha chamada Amy, e descobre o que querem fazer com ela, tudo foge do controle e ele percebe que deve protegê-la do que quer que irá acontecer. Mas Amy também é infectada, só que o efeito nela é diferente dos outros e ela se torna a chave para acabar com o pesadelo.
Apesar de toda a segurança do governo, as cobaias fogem e o vírus é espalhado por todo o continente, atingindo 95% da população. Os sobreviventes? Bom, eles são a parte 2 da história.
Para tentar salvar pelo menos uma parte da raça humana, crianças são levadas para alguns lugares que passam a ser chamados de colônias ou refúgios, cercados por luzes geradas através de baterias durante dia e noite. Elas crescem e se tornam um tipo de guerrilheiros, atentos a qualquer pessoa infectada que possa aparecer do lado de fora dos portões. Eles passam a viver em um mundo novo, com base somente no medo e no instinto de sobrevivência. E é nessa segunda parte, depois de quase 100 anos desde o dia em que o mundo mudou, que conhecemos Peter. E tanto ele quanto outros personagens do Refúgio são importantes ao longo da história, cada um a sua maneira, deixando o leitor de boca aberta a cada cena de ação, aventura, suspense e até romance.

Por mais que o livro seja enorme, a leitura se torna chamativa e capaz de deixar qualquer um cheio de expectativa para saber o que acontece em seguida. Ou seja, extremamente viciante.
Quem adora um bom suspense, prepare-se pois suspense é o que não falta nesse livro! rs
E os virais, dracs, ou como quer que eles sejam chamados, irão permanecer em seus pesadelos por um bom tempo!! Acreditem em mim. rsrsrs

Recomendadíssimo. Ainda mais porque, além de ganhar diversos prêmios importantes como PEN/Hemingway Award, Stephen Crane Prize e Whiting Writer's Award, "A Passagem" também teve seus direitos de adaptação cinematográfica comprados pela Fox 2000 e em breve esperamos ver essa história fantástica traduzida para um filme. Tenho certeza que irá fazer um grande sucesso, assim como livro está fazendo no mundo todo.

Livros da Trilogia:
A Passagem
The Twelve (Previsão de lançamento: 2012)
The City of Mirrors (Previsão de lançamento: 2014)

Veja o hotsite do livro clicando na imagem abaixo:

PS: Sei que demorei pra postar essa resenha, mas ainda estou com mais duas pra fazer e estou sem tempo nenhum! =/
Me perdoem, mas logo logo tudo vai voltar ao normal, juro!

Compre agora!


Nível do vício: 

4 Comentários

  1. Oi, Michelle.

    Sua resenha está completíssima!

    Ainda nem tive tempo de ler o meu, mas só está esperando p/ ser lido, mas minha irmã está adorando.

    Pela sua impressão fez-me lembrar do filme "30 Dias de Noite". Só espero não ter pesadelos igual quando vi o filme. (risos).

    Mas estou super ansiosa!

    Se um é tão bom assim, fico imaginando como serão os próximos volumes. Haja espera, hein!

    Beijos.

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  2. Oi!

    Eu adorei este livro, li em quatro noites e estou ansiosa pela trilogia!!! Cansativo? Nunca!! Super recomendo!

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  3. Comprei esse livro semana passada e espero lê-lo nas férias. Gostei muito da sua resenha e estou ansiosa para começar a leitura.

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  4. Ai to louca por esse livro, espero poder compra-lo em breve...beijokas elis!!!!!!!

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