Olá pessoal! Hoje venho com uma matéria que acabei de ler e me deixou indignada. Nada contra quem for de outra opinião, mas vou postar a matéria que saiu no site do jornal O Globo e deixar meus comentários logo abaixo.
Vejam:

Em Macaé, ‘50 tons de cinza’ na prateleira, só se tiver lacre
Juiz do município manda recolher de livrarias publicações ‘impróprias’



RIO — O juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos, da 2ª Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso de Macaé, determinou o recolhimento da trilogia “Cinquenta tons de cinza”, “Cinquenta tons mais escuros” e “Cinquenta tons de liberdade”, da autora E. L. James, das livrarias da cidade. Ele considerou esses livros e outras publicações “impróprias” e, por isso, decidiu que elas não podem ser expostas nos estabelecimentos sem lacre. A determinação foi assinada na última sexta-feira. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, desde a determinação, 64 volumes foram recolhidos em duas livrarias da cidade: 11 de títulos da trilogia, além de 19 outras obras.
Os livros recolhidos foram levados para a 2ª Vara. De acordo com o magistrado, a iniciativa foi motivada após ele ter verificado pessoalmente, em uma livraria da cidade, crianças perto das vitrines onde livros com conteúdo erótico estavam expostos. A alegação do juiz, segundo o site G1, é que a ordem é uma forma de garantir que a lei seja cumprida.
— Uma criança ou um adolescente pode pegar um dos livros em uma prateleira e ter acesso a um conteúdo inapropriado para sua idade. Eles precisam ser protegidos — afirmou.
Uma das livrarias em Macaé, a Nobel, que fica no shopping da cidade, recebeu comissários de Justiça na segunda-feira. Segundo o proprietário da loja, Carlos Eduardo Coelho, na ocasião já não havia mais nenhum dos exemplares da trilogia, pois todos já tinham sido comercializados. Apesar disso, foram recolhidas outras publicações.
— Eles entraram procurando pela trilogia especificamente. Como não encontraram, acabaram olhando outros livros. Não questiono a lei, mas a forma de abordagem. Eles não deram nenhuma orientação, nem fizeram qualquer notificação anteriormente — disse o proprietário, que afirma que as prateleiras do público infanto-juvenil são separadas.
Ao todo, no estabelecimento, foram recolhidos sete volumes do livro “Algemas de Seda – A História de Jake Mimi”, de Frank Baldwin; um de “Dominique, Eu”, de Dommenique Luxor, e sete do livro “50 Versões de Amor e Prazer – Coletânea Muito Prazer”, de Rinaldo de Fernandes.
— Não fica claro, por exemplo, qual o critério utilizado por eles para escolher aqueles exemplares, já que não há nada no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) sobre os que são inadequados — reclamou Carlos Eduardo.
Na tarde de ontem, a Nobel voltou a receber a visita de um oficial de Justiça, que entregou um mandado de intimação sobre os 15 exemplares recolhidos. Segundo o oficial, os livros poderão ser solicitados pela livraria e devolvidos no prazo de cinco dias. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, no entanto, é preciso que os estabelecimentos cumpram o que está previsto no artigo 78 do ECA para recuperar os exemplares. Ele ainda informou que as obras do estoque dos estabelecimentos não foram recolhidas.
À tarde, os livros da trilogia estavam novamente nas prateleiras, mas lacrados e postos no mais alto local de exposição.
O artigo 78 do ECA, usado como base pelo juiz, diz que “revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo”. Na determinação, o juiz Raphael Baddini indica verificar se a trilogia está sendo comercializada protegida com embalagem que impeça o seu manuseio e, ainda, com a advertência de seu conteúdo. Também determina a fiscalização da locação, entrega, fornecimento e empréstimo, ainda que gratuitos, dos livros da trilogia a crianças e adolescentes.
A decisão é estendida a outras publicações de conteúdo “de mesma natureza e espécie” da trilogia, que seriam obras “de conteúdo erótico, com descrição de cenas de sexo explícito, bem como de outras práticas sexuais, salvo as de natureza estritamente didática compatíveis com o nível de escolaridade do menor”.
Segundo o dono da Nobel Macaé, os livros apresentados na loja já são entregues pela editora da forma que são apresentados, além disso, a venda e acesso aos conteúdos são fiscalizados por funcionários.
— Nunca iríamos vender um livro adulto para uma criança, ou adolescente e os funcionários fiscalizam a loja. As crianças já vão direto para a parte delas e os adolescentes precisariam abrir, ler e nós temos controle — afirmou.
Fonte da matéria: O Globo

Enfim, em um país onde a vulgaridade é exibida em horário nobre (vide a Globeleza saltitando nua na tv), a implicância agora vai se dar com os livros? Concordo com a questão do lacre, plástico, ou o que for, mas também acho que a responsabilidade de deixar uma criança abrir um livro que já vem escrito 'Conteúdo Adulto' é puramente dos pais e responsáveis.
Além disso, acredito que o juiz desse caso deveria dar prioridade e assuntos mais relevantes, pois muitos processos importantes estão parados para que ele tivesse tempo de pensar no que fazer para retirar livros das prateleiras. Hoje, as novelas contém assassinatos, nudez e drogas em horário nobre e nada é proibido. Acho justo a questão do lacre, mas isso não deveria ter sido feito antes dos milhões de livros vendidos?

E você? Qual a sua opinião?

5 Comentários

  1. eu não sei porque q já não proibiram antes...
    mas o lacre não vai adiantar nada, o povo vai querer ler mais ainda rsrs
    bjosss

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  2. Ai Michelle, não quero dar uma de advogada do diabo mas eu concordo e muito com isso!!

    Este tipo de livro e outros do mesmo gênero deveriam sim ter um adesivo bem grade avisando do conteúdo adulto e serem lacrados com plástico que nem CD.

    O aviso neste livro é minúsculo e na parte de trás ainda...

    Acho que é válida a atitude deste juiz e isso deveria partir das editoras!!

    Beijocas envenenadas!!

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    1. Oi Math!
      Olha, eu até concordo com o lacre e tal, mas só quis dizer que isso não deveria se dar apenas agora já que a trilogia fez sucesso. Se fosse o caso, ele deveria ter feito uma lista e recolhido todos os livros de conteúdo do mercado e mandado plastificar ou apenas colar um adesivo informando. Ou que fizesse uma lei e enviasse para as editoras como regra a partir de agora. A questão é que é mais fácil ganhar mídia chamando atenção com a série de sucesso do que analisar como a vulgaridade é exibida sem pudor aqui no país (vide comerciais em horário nobre com conteúdo totalmente impróprio e sem aviso algum).

      Beijocas!! =)

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  3. Você mora em Macaé? Que legal, eu moro em Araruama, que fica perto de Macaé. Também concordo com a parte da globeleza.
    http://leituramagnifica.blogspot.com.br/

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