|Resenha| Lonely Hearts Club

Título: Lonely Hearts Club
Autora: Elizabeth Eulberg
Ano: 2011
Número de páginas: 240
Editora: Intrínseca




Minha Opinião: Não são muitos livros que me fazem querer não largá-los enquanto não chegar até a última página. Mas posso dizer que mesmo sendo clichê em algumas partes, "Lonely Hearts Club" me conquistou e se tornou um desses que se enquadra na minha categoria.
Quando comecei a lê-lo não sabia que a leitura seria tão agradável que em menos de 24 horas eu já teria terminado. O livro em si não é muito grosso, mas a capa é super fofa e as fases da história são divididas por páginas com frases de músicas dos Beatles que tem tudo a ver com o que virá em seguida. Um ponto a mais pela fofura. =)

Penny Lane é uma garota de 16 anos que, após sofrer uma grande desilusão amorosa - seu namorado a traiu na maior cara de pau e ainda por cima colocou a culpa na nela - decide que nunca mais irá querer saber de homens (ou pelo menos enquando durar o colegial). Com a idéia de nunca mais ter o coração partido, ela cria um clube chamado "Lonely Hearts Club" (Clube dos Corações Solitários, em referência álbum dos Beatles 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band'), onde de início somente ela é a integrante.
Os pais de Penny são fanáticos pelos Beatles e por causa deles batizaram suas 3 filhas com nomes que possuem referência de algumas músicas: Penny Lane, Lucy e Rita. Penny também é muito fã da banda e sempre que sofre alguma decepção recorre aos 4 rapazes de Liverpool e suas músicas - os únicos homens que nunca machucarão seu coração.

"Eu olhara para aquele pôster todos os dias nos últimos sete anos. Escutara aquele disco, um dos meus favoritos, centenas de vezes. Era como se sempre tivesse uma única e longa palavra para mim, SgtPepper'sLonelyHeartsClubBand. Mas agora três palavras sobressaíam, e vi algo completamente novo."

No início conhecemos Nate, o namorado de Penny, e descobrimos o quanto ela sempre foi apaixonada por ele até descobrir da forma mais humilhante possível que ele a traía bem na sua própria casa - a família dele era sempre convidada a se hospedar na casa dela todos os anos. Sofrendo com tanta humilhação, Penny decide que nunca mais irá sofrer pelos homens e que não é preciso ter um namorado para ser feliz.
Quando Diane, líder de torcida e sua ex-melhor amiga, termina o namoro com o lindo e fofo Ryan Bauber - eles costumavam ser o casal perfeito da escola - e decide entrar no clube, elas voltam a ser grandes amigas junto com Tracy, a outra melhor amiga de Penny. A partir daí o clube vai crescendo rapidamente, com mais e mais garotas da escola aderindo todos os dias. Penny se torna praticamente uma heróina na escola quando o clube passa a contar com quase 40 garotas.

"Regra 1 - Todas as integrantes concordam em não mais namorar homens (ou, referindo-se à população masculina da McKinley High, "menininhos") pelo restante de sua existência escolar. Caso queiram namorar após o término do ensino médio, as referidas participantes escolherão proceder por sua conta e risco. O insucesso no cumprimento desta que é a regra mais sagrada resultará na mais alta punição permitida por lei: correr nua pelos corredores da McKinley depois do almoço."

Mas nem tudo são flores e o LHC acaba causando uma discórdia entre o sexo masculino da escola, que está ficando sem opções de meninas para 'azarar' já que a maioria está seguindo fielmente as regras do clube, como por exemplo: não namorar nenhum menino da escola até terminarem o colegial; comparecer a todos os eventos juntas como um grupo - Festa de Formatura, Festa dos Ex-Alunos, etc; presença obrigatória aos sábados à noite nas reuniões, com exceção de emergências familiares ou quando o cabelo estiver ruim; e o principal: apoiar umas as outras sem se importar com raça, religião ou gosto musical. E o sucesso do clube é tanto que até o diretor se torna contra o grupo, defendendo a ala masculina.
Por mais que existam regras, o clube não é apenas sobre não namorar garotos que não valem a pena, mas também sobre amizade e união. Sempre que uma garota precisa de ajuda em alguma coisa, as outras do grupo ajudam sem reclamar. Tanto em estudar matérias para a prova quanto em arrecadar fundos para o novo uniforme do time de basquete. A amizade que elas formam ao longo do livro é uma coisa muito legal de se ler, pois mostra realmente qual o intuito do clube: amigos vêm sempre em primeiro lugar.

Outra coisa que gostei foi o crescimento e amadurecimento de várias personagens na história. Foi emocionante acompanhar as vitórias e mudanças de algumas meninas, sempre com o apoio das amigas do clube, sem a necessidade de ter um namorado ao lado para tudo. Unidas, elas descobrem que podem se divertir exatamente como querem e não seguindo a vontade de seus pares.

"O clube inteiro olhou para mim quando Ryan começou a cantar "Penny Lane". Inacreditalmente desafinado. Eu queria sentir vergonha por ele enquanto ele se esforçava para cantar o primeiro verso, mas estava tentando controlar minha emoção enquanto todos olhavam de Ryan para mim e de mim para Ryan."

E também temos o romance cheio de provoções que me dava vontade de agarrar Penny pelo pescoço e dizer: "aceita logo que o ama e dá uma chance a ele!". Fofo demais! *--*
Para piorar, o próximo feriado está chegando e ela terá que ficar frente a frente com Nate depois dele ter sido a razão por ela ter criado o clube. E agora? Qual será sua reação ao vê-lo? =D

Recomendo para quem quer rir com o fanatismo dos pais de Penny, se divertir com as regras inventadas por Tracy, torcer por Diane na busca do seu sonho, suspirar com o jeito fofo de Ryan e acompanhar as confusões em que Penny entra após fundar o "Lonely Hearts Club". =D

Obs: Na capa temos uma recomendação da Stephenie Meyer, autora da série "Crepúsculo":  
“Leitura imperdível para qualquer pessoa que já esteve apaixonada... ou que jurou nunca mais fazer isso de novo.”