Autor: Michael Grant
Ano: 2010
Número de Páginas: 515
Editora: Galera Record
Sinopse: Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes. Pré-adolescentes. Crianças. Nenhum adulto. Nenhum professor, policial, médico ou responsável. Linhas de telefone, redes de televisão e a internet param de funcionar. Não há como pedir ajuda. A fome é intimidante e a violência começa. Os animais parecem estar se transformando, e uma criatura sinistra está à espreita. Os próprios adolescentes estão ficando diferentes, desenvolvendo novos talentos: poderes inimagináveis, perigosos e mortais, que crescem dia após dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado — e a guerra é inevitável.
O que achei: Assim que terminei de ler o primeiro capítulo no site da Galera Record, decidi que teria que ler esse livro de qualquer jeito. A história parecia incrível, um suspense voltado para o mundo adolescente e contado de uma forma trágica e, em certas partes, cômica. Eu não estava errada, a história é mesmo incrível e nada infantil. Acreditem quando digo: é preciso ter estômago forte e muita coragem em algumas cenas!
Começamos o livro em uma escola normal em Praia Perdida, onde se passa quase toda a história. É manhã de um dia normal e os alunos assistem a suas aulas até que de repente todos os professores somem em um piscar de olhos. Ou seja, não há nenhum adulto na escola inteira. Todos 'pufaram', termo muito usado no livro quando alguém desaparece de repente. Não há ninguém além das crianças e adolescentes que, por algum motivo que eles não sabem, não desapareceram como todos os outros. Logo eles percebem que isso não aconteceu só na escola, mas em toda a cidade, e que todos com mais de 14 anos também sumiram. O medo toma conta de todos e ninguém sabe dizer onde foram parar seus pais, professores, médicos ou amigos.
Logo no primeiro capítulo conhecemos Sam Temple, um estudante de 14 anos que esconde um segredo que nos vai sendo revelado ao longo do livro, mostrando que sua vida já não era nada normal antes dos acontecimentos na cidade. Sam é o nosso personagem herói e apesar de não querer ser nenhum líder, é determinado e tenta acalmar a todos até que esbarra na agressividade dos valentões Orc e Howard que, sem nenhum adulto por perto, decidem que são os novos donos da cidade.
Sem nenhum meio de comunicação - telefone, tv ou internet - e sem saber quanto tempo durará a comida, todos se desesperam e passam a acreditar que Sam poderá ajudá-los após presenciarem algumas de suas atitudes heróicas. O problema é que ele mesmo não sabe como fará isso se também não tem idéia do que pode ter causado esse fenômeno em Praia Perdida. Alguns jovens e crianças começam a desenvolvem habilidades - lançar fogo com as mãos, curar feridas com um simples toque ou correr tão depressa como um foguete - e Sam percebe que não é mais o único a ter poderes. Algo está acontecendo e isso fica ainda mais claro quando os animais sofrem mutações estranhas e uma 'barreira' inquebrável que parece circular toda a cidade separa todos do mundo lá fora, deixando-os isolados e sozinhos com seus próprios medos.
Se não bastasse o desespero das crianças que tentam cuidar dos menores e coisas inusitadas demais acontecendo, tudo fica ainda mais confuso e aterrorizante quando alguns alunos da Academia Coates - pra onde são mandadas as crianças e adolescentes que possuem algum problema de comportamento - surgem em Praia Perdida comandados pelo misterioso Caine Soren, um garoto de 14 anos que logo se torna inimigo direto de Sam por causa do seu jeito desequilibrado e suas maldades. Junto com Caine, outros alunos igualmente malvados – entre eles há Drake, um humano sem poderes, mas com crueldade de sobra – passam a comandar a cidade e impor regras para todo e qualquer tipo de atitude que envolva magia ou poderes, tendo como castigo atos realmente cruéis.
Sam, acompanhado de seus amigos - Edilio, Quinn, Astrid (por quem ele nutre uma paixão adolescente) e Pequeno Pete (irmão autista de Astrid) resolvem ficar do lado oposto e uma verdadeira guerra é iniciada no LGAR, apelido criado para o 'novo mundo' que significa 'Lugar da Galera da Área Radioativa'. E junto com ele, alguns outros personagens se unem ao lado dos heróis na batalha contra os vilões pelo controle da cidade. E preparem-se, pois muitas surpresas são reveladas pelo caminho.
O livro, narrado em 3ª pessoa, torna a leitura rápida e dinâmica, mudando o foco e passeando pelos grupos que se dividem ao longo que a história se desenrola. Cada capítulo possui no título uma contagem regressiva do tempo que falta para que o personagem de Sam complete 15 anos e desapareça como todos os outros. Esse é um dos fatos que torna tudo ainda mais misterioso, já que esperamos até o último capítulo para descobrir o que acontecerá com ele no seu aniversário. Durante o tempo todo surgem novos mistérios que só serão revelados nos próximos capítulos, ou talvez até mesmo nos próximos livros. É isso mesmo que você leu: Gone é apenas o primeiro de uma série de 6 livros que ainda serão lançados aqui no Brasil, mas que já fazem muito sucesso lá fora. Três já foram publicados lá fora e o quarto está prometido para abril de 2011. A Galera Record, que acabou de lançar Gone, ainda não tem previsão para lançamento do segundo volume aqui no Brasil.
Em meio a personagens estranhos – como Líder da Matilha, um coiote que fala -, cenas chocantes e horríveis, muita ação e suspense, Michael Grant consegue interligar todas as histórias de uma forma impressionante e reveladora durante todo o livro, sem deixar nenhuma ponta solta. São reviravoltas excelentes e no final esperamos ansiosos para saber quem será o vencedor da batalha pelo LGAR. Sam ou Caine? Façam suas apostas.
Capa americana de Gone (Muito legal, por sinal!):
Capas americanas (em sequência) - O 4º volume (última capa) será lançado em 04/2011:
PS: Comparações a parte, Gone me lembrou muuuuito Lost! Sam é indiscutivelmente parecido com o personagem de Jack, da bondade à determinação. E Caine, bom, é impossível não compará-lo a Ben, o vilão. A Escuridão me lembrou Jacob (por que será? Kkkk) e até a Usina lembra as escotilhas! Incrível! kkkkkkk #viciadamodeoff =P
Esse livro está na minha lista de compra há algum tempo, mas como ele é grande eu acabo não comprando. Pois a maioria dos livros grossos que li acabam sendo muito cansativos.
ResponderExcluirMas essa resenha me animou muito, vou ver se compro ele logo.
Kra não tem nada a ver com o q eu imaginava desse livro. Parece ser ótimo, realmente. As capas americanas são mais legais, tipo, a brasileira faz o livro parecer infantil e me lembrou a novela chata da Record "Mutantes" :P
ResponderExcluirMas a história parece ser tão legal!!!!!
E é, muito legal mesmo. Às vezes aparece um palavrão ou então algumas palavras hmmm... imorais, mas nada de mais. No todo, o livro é ótimo. Eu já li e recomendo.
ResponderExcluirAlguém notou a ler o livro, que o Sam é negro.? Quem não reparou lei a pág. 50 ou 51, agora não lembrou qual, que fala que ele é negro, é no momento em que ele sai do prédio que pegou fogo.
ResponderExcluirE o pior é que fizeram a capa como se o Sam fosse branco, será que não repararam ou será racismo? srsrrs